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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Região Metropolitana vence mais uma vez o Concurso de Patrimônios Vivos de Pernambuco



Meus amigos conselheiros de cultura de Pernambuco, eu fico um pouco inquieto quando vejo algo que não parece tão justo, não desmerecendo os mestres nem grupos, pois sim são verdadeiros patrimônios e merecem o titulo, mas não consigo entender este concurso, pois nosso estado é uma verdadeira nação cultural do Sertão ao Cais, formado por varias etnias, certamente não é só propagando política, entendo um patrimônio como um símbolo maior de nossa cultura, tendo o Estado 12 microregiões e Fernando de Noronha, sem falar na sua diversidade de linguagens culturais, não parece justo só uma região ter um numero tão grade de símbolo, sou do Sertão-Central assim como outras regiões temos muitos patrimônios, Mestres, Grupos, Índios, Negros, Caboclos Vaqueiros entre outras Tradições Luso-Íbericos porque não, sendo um pouco mais ousado posso até citar o Mestre Jaime que foi o homenageado do Carnaval do Estado este ano, não seria ele também um patrimônio ou Zé do Mestre que confeccionou gibão para Luiz Gonzaga, Lula e o Rei da Espanha um símbolo da arte e da civilização do couro, cadê nosso representante indígena, não há um cacique Pankakaru, Xucuru, Atikun nem consigo lembrar todos, mas não vejo outro quilombo nem representação justa dos símbolos por região.

Só peço a vocês amigos conselheiros um pouco mais de atenção á cultura pernambucana, estou falando da Política de Cultura construída nos fóruns e conferencias que garantia a representatividade do Estado consolidado como um todo, uma Nação Cultura.

Infelizmente é apenas uma opinião e não estou em uma assembléia deliberativa, mas nela expresso minha sincera moção de desaprovação ao caráter representativo do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco.

Texto:

RENATO JOSÉ DE OLIVEIRA MAGALHÃES
Produtor Cultural
Delegado da II Conferencia Nacional de Cultura
Membro da Associação Cultural Pedra do Reino
Membro da Sociedad de Festeiros de Ontinyent, Espanã.
renatopedradoreino@hotmail.com


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Pernambuco tem três novos Patrimônios Vivos, selecionados pelo Conselho Estadual de Cultura

Maestro Duda, Didi (Pagode do Didi) e Orquestra Capa Bode (Nazaré da Mata) integram o seleto grupo de 24 Patrimônios Vivos do Estado.
O Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Educação, anunciou os três novos Patrimônios Vivos de Pernambuco. Os selecionados foram o Maestro Duda (José Ursicino da Silva - compositor regente e arranjador) -, Didi (Valdemir de Souza Ferreira - proprietário do Pagode do Didi) e a Banda Capa Bode (Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena).

A escolha aconteceu no último dia 21 de dezembro, em reunião realizada na sede do órgão. Com a seleção desses ícones, Pernambuco passa a ter 24 Patrimônios Vivos, que além do título, recebem uma bolsa mensal vitalícia (R$ 750 para pessoa física e R$ 1.500 para grupos/associações). Segue abaixo resolução, publicada no Diário Oficial do Estado, e breve depoimento dos selecionados, além de telefone de contato para
entrevista.

Maestro Duda - "Agradeço ao
Governo do Estado pelo reconhecimento do meu trabalho. Estou feliz em
comemorar meus 75 anos com esse título, que para mim tem grande
significado. Posso dizer agora que sou Patrimônio do Estado e isso
ninguém poderá tirar."
Contato: (81) 3231-7203 (Duda)

Didi - "Estou
muito feliz e sempre achei que merecia algum reconhecimento do Governo
do Estado pelo trabalho que faço há 29 anos divulgando o samba e o
pagode. Muita gente começou no samba pelo Pagode do Didi e muita gente
vem de outros locais do Brasil para conhecer meu trabalho. Acho que
agora vou ser mais respeitado por quem não é do samba e do pagode"
Contato: (81) 3446-4625/ 9183-8032 (Didi)

Renan Pimenta, vice-presidente da Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena/Orquestra Capa-Bode - "A notícia me deixa tão feliz! Vejo um reconhecimento do Governo e da Fundarpe, que vem incentivando grupos de cultura popular e centenários como nós. Completaremos no dia 1º de janeiro 123 anos sem deixar de tocar e ensaiar. Hoje, somos uma orquestra com 42 músicos que roda o
Estado todo para divulgar nossa música. A felicidade é ainda maior por
conta da escolha de Maestro Duda. Não existe banda sem frevo e não
teríamos o frevo sem bandas e orquestras"
Contato: (81) 3341-7328/9786-2811 (Renan Pimenta)

Confira a lista dos outros Patrimônios Vivos de Pernambuco:

Banda Musical Curica (banda filarmônica, Goiana)
Caboclinho Sete Flexas (caboclinho fundado em 1973, Recife)
Camarão (sanfoneiro, Recife)
Clube Indígena Canindé (caboclinho, Recife)
Confraria do Rosário (irmandade religiosa, Floresta)
Dila (xilogravurista e cordelista, Caruaru)
Fernando Spencer (cineasta, Recife)
Homem da Meia-Noite (clube de carnaval, Olinda)
Índia Morena (artista circense, Jaboatão dos Guararapes)
J. Borges (xilogravurista e cordelista, Bezerros)
José Costa Leite (xilogravurista e cordelista, Condado)
Lia de Itamaracá (cirandeira, Itamaracá)
Maestro Nunes (maestro de frevo, Recife)
Manuel Eudócio (artesão, Caruaru)
Maracatu Estrela Brilhante (maracatu nação, Igarassu)
Maracatu Leão Coroado (maracatu nação, Olinda)
Nuca (artesão em cerâmica, Tracunhaém)
Selma do Coco (mestra de coco de roda, Olinda)
Teatro Experimental de Arte (grupo de teatro fundado em 1969, Caruaru)
Zé do Carmo (pintor e escultor, Goiana)
Zezinho de Tracunhaém (artesão em cerâmica, Tracunhaém)

(Retirado do site da Fundarpe)

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