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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Belo Monte Cultural




Objetivo da nossa iniciativa é criar um espaço alternativo que chamamos de Belo Monte Cultural com a finalidade de difundir os elementos culturais do Nordeste promovendo intercâmbio com todas as formas de arte e com artistas das mais diversas regiões do país, realizando encontros de poetas, músicos, cantadores e artistas das mais variadas linguagem culturais do Nordeste em São José do Belmonte no Sertão de Pernambuco periodicamente em todas as primeiras sextas - feiras de cada mês a partir do dia 03 de fevereiro do corrente ano.

Então como fora marcado na noite de sexta-feira (03/02), o espaço cultural Belo Monte abriu suas portas com o projeto “Cesta de Cantoria”, que vem dinamizar nossas matrizes culturais, além de promover o intercambio entre os valores artísticos da terra e de outras regiões.

Os participanteS foram recepcionados pela Banda Filarmônica São José. A apresentação do evento ficou por conta da poetisa Mariana Teles, da cidade de Tuparetama-PE.
Na ocasião, apresentaram-se os seguintes artistas: Anchieta Dali, forrozeiro e cantador que se naturalizou belmontense; Evaldo Cavalcanti, forrozeiro cantador de Caruaru – PE; Bira Marcolino e o Trio Pé de Serra, ambos de Serra Talhada – PE; Carlos Villela, forrozeiro cantador da cidade de Salvador-BA; Jackson da Sanfona, Pablo Henrique e Rose Rangel, todos de São José do Belmonte; Pedro Carvalho, forrozeiro de Petrolândia – PE; Grupo Vozes do Campo de Tuparetama-PE; e ainda outros grupo de forrozeiros, de Serra Talhada e Taperoá – PB.
O forrozeiro e cantador Val Patriota, de São José do Egito – PE, não pode comparecer ao evento.

A festa ainda contou com a participação dos poetas declamadores Chico Pedrosa do Recife-PE, Mariana Teles de Tuparetama-PE, Cícero Morais e Kayson Oliveira, ambos de São José do Belmonte, bem como uma das maiores duplas de repentistas da atualidade, Rogério Menezes e Zé Carlos do Pajeú, da cidade de Tabira-PE.
Durante o evento, foram realizadas as exposições “Retrato da Poesia” de Perazo Castilho, de Diadema-SP e “Cultura da Pedra do Reino”, de Renato Magalhães.
Confira todas as fotos deste grande evento.
http://portalbelmonte.com.br/2012/02/sucesso-na-1a-edicao-do-projeto-cesta-de-cantoria/?album=82&gallery=95&pageid=20218


EM SÃO JOSÉ DO BELMONTE
NASCE UM NOVO ESPAÇO
JÁ ESTAMOS MEXENDO O TRAÇO
FAZENDO JORRAR A FONTE
PRA QUE A HISTORIA NOS CONTE
NUM TACHO DE POESIA
UM FUTURO DE ALEGRIA
VAMOS CONSTRUIR A PONTE
ENTRE O POVO E O BELO MONTE
NO CESTAS DE CANTORIA.
Anchieta Dali
Glosando o mote de Dali:

NO VAI-E-VEM DO SORRISO
É QUE A VIDA SE RENOVA
SEMPRE NOS MANDANDO A PROVA
DE QUE SEGUIR É PRECISO
SÓ O QUE É IMPRECISO
É O TEMPO, A QUEM EU LOUVO
QUE NOS AFASTA O ESTORVO
TRAZENDO O RENASCIMENTO
DÁ-SE ADEUS AO LAMENTO
E TUDO SE TORNA NOVO
Djalma Félix: filho e irmão de poetas

CUNHA-SE UM NOVO ELO
EM SÃO JOSÉ DO BELMONTE
E DAS “PEDRAS”, NO HORIZONTE
SURGE UM BELMONTE MAIS BELO!
DE PEDRA FEZ-SE UM CASTELO,
E PRA COMPLETA ALEGRIA
“AS CESTAS DE CANTORIA”
DÃO BRILHO AS PEDRAS DO “REINO”
ONDE ARTISTAS DÃO UM TREINO
NO PALCO DA POESIA!
Lima Júnior Poeta

NESSE REINO ENCANTADO DE BELMONTE,
TODA PEDRA TEM PÓ DE POESIA
E NO GALOPE DE CADA MONTARIA
FICA O CHEIRO DO GADO EM TODA FONTE
QUANDO O SOL SE DESBOTA NO HORIZONTE
DEUS VISITA O RECANTO MATUTINO
E BEM PERTINHO DO CHÃO DE VIRGULINO
NUM CASTELO DE BARRO FEITO A MÃO,
DEUS PINTOU O RETRATO DO SERTÃO
COM A ALMA DO POVO NORDESTINO.
Mariana Teles

DESENHOU-SE NO HORIZONTE
UM TEMPO EXTRAORDINÁRIO
UM PORTO NO CALENDÁRIO
DE HISTÓRIAS QUE O POVO CONTE
O OLHO D'ÁGUA DA FONTE
FORRÓ, VERSO E POESIA
FESTANÇA COM ALEGRIA
COM TRABALHO, AMOR E FÉ
TÁ NASCENDO EM SÃO JOSÉ
O CULTURAL BELO MONTE

NO ESTEIO DUM QUINTAL
UM ELO VISIONÁRIO
CONTAS DO MESMO ROSÁRIO
GRANDEZAS DO BEM, ASTRAL
TEM O DOCE E TEM O SAL
FRUTOS DE BOA SEMENTE
FESTANÇA PRA TODA GENTE
CANTORIA E ARRASTA-PÉ
TÁ NASCENDO EM SÃO JOSÉ
CULTURA EM NOVA VERTENTE.
Anchieta Dali


Apresentamos a seguir, o realese dos Artistas Principais da segunda edição do projeto Cestas de Cantoria que acontecerá no dia 02/03/2012: Luciano Magno; Paulinho Leite; Flavio Leandro e Anchieta Dali.

Luciano Magno

Luciano Magno nasceu em Paulo Afonso - BA e começou a tocar guitarra aos 12 anos de idade. Aos 16 anos foi morar no Recife, onde estudou no Conservatório pernambucano de música e no CEMO em Olinda. Participou de quatro edições do festival "Canta Nordeste", realizado pela Rede Globo nordeste, integrando a orquestra do festival. Luciano Magno logo se transformou no guitarrista mais solicitado para gravações nos estúdios do Recife, gravando com artistas de todo o país, participando de discos de nomes como Alceu Valença, Dominguinhos, Nando Cordel, Fafá de Belém, Naná Vasconcelos, entre tantos outros. Luciano já dividiu o palco, arrancando muitos elogios, de nomes como Hermeto Pascoal, Roberto Menescal e João Donato. Fez turnês com Elba Ramalho, Naná Vasconcelos e André Rio em vários festivais da Europa como o Tubinguen Festival na Alemanha e o Festival latino americano de Milão. Em 2000, gravou o seu primeiro disco solo "Liberdade" que lhe rendeu uma apresentação no Montreux Jazz Festival na Suíça. Luciano Magno tem uma vasta experiência internacional tendo se apresentado na França, Alemanha, Holanda, Suíça, Itália, Áustria, Espanha, Portugal, Macedônia e Argentina. Além de instrumentista e compositor é também produtor musical atuante na cena nordestina. Fez recentemente, a direção musical dos DVDs de Jorge de Altinho e Petrúcio Amorim, artistas de renome no nordeste. Participou também do DVD Marco Zero do Alceu Valença e do DVD do cantor Adilson Ramos. Em 2004 gravou o CD Sotaque em duo com o pianista pernambucano Fábio Valois e pouco depois, formou o Trio Sotaque com a inserção do Raimundo Batista no pandeiro. Com o Trio Sotaque lançou o álbum "Engasga Gato" em 2006 e gravou um DVD ao vivo no Teatro Santa Isabel no Recife que será lançado em 2007. Luciano lançou disco para o carnaval pernambucano de 2008, com frevos cantados e frevos de rua. Em 2009, produz o CD “Rapsódia Nordestina” uma parceria entre o cantor Andre Rio e o Trio Sotaque. Luciano assina também os arranjos do disco e algumas composições em parceria com o Andre Rio. O disco foi lançado com show no Teatro Rival no Rio de Janeiro com participações de Moraes Moreira, Roberto Menescal e Elba Ramalho. O projeto “Rapsódia Nordestina” seguiu com uma tour no calendário junino do São João do Nordeste e uma tour na Europa, passando pelo Montreux Jazz Festival (Suíça) e o Festival Latinoamericando de Milão (Itália). Em sequência, Luciano dirigiu outra turnê do cantor Cacau Brasil, em Portugal, Espanha, Itália e arquipélago dos Açores. Em dezembro de 2009, Luciano Magno faz participação na apresentação da Orquestra Strauss Capele de Viena, no Teatro Beberibe, em Recife, ao lado de Andre Rio e Fabio Valois. Em sequência, Luciano Magno teve um festival realizado em sua homenagem, na cidade de Pesqueira, terra natal do seu pai Luiz Tenório. No Festival Famune, Luciano Magno e Andre Rio recebem 22 atrações entre artistas nacionais e regionais como Elba Ramalho, Fafá de Belém, Moraes Moreira, Jorge de Altinho, Maciel Melo, entre outros. Em dezembro de 2010 Luciano Magno consagra-se o grande vencedor do Festival de Música Carnavalesca do Recife 2011, com o 1º lugar com o frevo de rua “Pisando em Brasa” de sua autoria, o 2º lugar com o caboclinhos “Caboclo D`água”, em parceria com João Araújo e ainda ganha o melhor arranjo do festival tendo o seu arranjo original transcrito pelo maestro Edson Rodrigues, mantido plenamente. Em julho de 2011, Luciano Magno faz participação na Turnê “Pernambuco Soul” ao lado dos parceiros Andre Rio e Paulinho Leite na Alemanha, Suíça (com shows novamente no Montreux Jazz Festival), Itália, Espanha e Portugal. Luciano Magno, tem como principal característica do seu trabalho a valorização da música popular brasileira, com fortes influências de ritmos nordestinos como o frevo e o baião, unindo-se à pluralidade do jazz.

Paulinho Leite

Nascido na cidade de Arcoverde/PE, município localizado a 256 km do Recife, Paulinho Leite tem em sua essência a influência dos principais nomes da música nordestina: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, entre outros. Contudo a incorporação de novos elementos sonoros e poéticos ao genuíno forró faz do trabalho de Paulinho Leite uma arte sonora bem peculiar. A sua
forma simples de cantar e interpretar provoca encantamento e emoção. Músicas de artistas de reconhecimento nacional como Zé Ramalho, Fagner, Alceu Valença quando recebem os arranjos do xaxado, baião e xote, surpreendem quem ouve a voz forte e ao mesmo tempo suave deste grande artista. Ao longo de 10 anos de carreira, Paulinho Leite lançou oito cd´s onde pôde trabalhar em cada álbum o seu estilo musical indo do forró de raiz à cantoria.

Flávio Leandro

Em 1985 deslocou-se até a Cidade de Crato-CE., onde participou pela primeira vez de um grupo musical (Sementes da Terra).Lançou boas sementes musicais no solo dos promissores Festivais do Cariri, obtendo os 2º, 3º e 10º lugares no Festival Estudantil da Canção na Quadra do Bicentenário em 1987. Volta a sua Bodocó em 1988 .Atualmente, além de Cantar e Compor, é Auditor Fiscal da Receita do Estado de Pernambuco.Em virtude da timidez não mostrava suas composições. Porém, em 1990 é convidado por um grupo de colegas a participar de um show de calouros no antigo S.U.B., hoje Teatro Aladino Gomes de Sá e conquista o primeiro lugar. Cria coragem, vence outro show de calouros, desta vez no Shile Drinks época em que conhece Leninho, seu parceiro em mais de 15 composições. Dentre elas, destaque para TEMPO, música bastante conhecida Brasil afora. Formam então o Grupo Gisleno Rodrigues e Flávio Leandro que durou dois anos. Em 1992 entra na Banda Raio Laser como vocalista. Continua compondo, mas, somente em 1998 lança o seu 1º CD, TRAVESSURAS. Em 2000 lança o CD BRASILIDADE. Em 2001 lança o seu álbum ACÚSTICO. Em 2003, o CD FORRÓ ILUMINADO. Em 2004, em agradecimento ao Título de Cidadão Exuense, grava o CD "NA CASA DO REI", interpretando várias pérolas de Gonzaga. Em 2005, grava a coletânea FELIZ DA VIDA. Em 2006, grava seu primeiro DVD - DEZ LÉGUAS DE FORROBODÓ e, em 2008, lança o CD "XÔ APERREIO!". Todos regados ao puro som do autêntico e legitimo forró nordestino tão defendido e divulgado pelo eterno Luiz Gonzaga. Hoje tem a satisfação de emplacar várias músicas nas mais diversas vozes do país como atestam Elba Ramalho, Flávio José, Santanna, Jorge de Altinho, Geraldinho Lins, Leninho, Sinfonéia Desvairada, Waldonys, Joquinha Gonzaga, Nádia Maia, Cristina Amaral, Adelmário Coelho, Quenga de Côco, Trio Virgulino, Limão com Mel, Cheiro de Menina, Zezo, etc.

Anchieta Dali

Anchieta Dali é sertanejo pernambucano, natural de Belém de São Francisco-PE e filho de Tacaratu. Vive atualmente em São José do Belmonte-PE. Como profissional, Anchieta iniciou sua carreira musical no final da década de 1980, quando fundou, junto com Paulo, Evaldo e Sevy, o Grupo Matricó. Esse grupo, que não chegou a durar dois anos, foi vencedor de importantes festivais, como o FEMPP (Festival de Música Popular do Pajeú) e o Festival de Música de Rio Casca, em Minas Gerais.Deliberadamente o portal dos sonhos abriu as porteiras e deus asas para o cantador viajar nos sons dos riachos e passaredos, germinando uma musicalidade efervescente. Lírico-rústico com sotaque refinado de poética social apurada. O cantador Dali navega entre o suor e chuva aguando seus leirões de rimas e audácia numa fina sertania. Hoje com mais de uma centena de músicas gravadas, ligado à cultura nordestina em geral, Anchieta tem parcerias com compositores de porte, seu trabalho passeia pela voz de Elba Ramalho, Raimundo Fagner, Xangai, Amelinha, Carlos Villela, Flávio José, Jorge de Altinho, Alcymar Monteiro, Maciel Melo, Edigar Mão Branca, Nádia Maia, Geraldinho Lins, Flávio Leandro, Santanna, Cristina Amaral, Irah Caldeira, Gennaro, Paulinho Leite, Bia Marinho, Josildo Sá, Sevy Nascimento, Paulo Matricó, Pedro Carvalho, Chico Balla, Mazinho de Arcoverde, Vates e Violas e muitos outros nomes do nosso nobre cancioneiro. Dali tem 07 (sete) discos gravados: Terras de Amor, Frugal - ao vivo, Cativante, Estradar, Dança da vida (forró da Cor do Chão) e Canturis da Cor do Chão e Na Dança da Vida. Atualmente, Anchieta está à frente do programa semanal de rádio Sertania Brasileira, apresentado todos os sábados – das 14h30 às 17h – na Rádio São José FM, em São José do Belmonte-PE, com transmissão via internet, pelo portalbelmonte.com.br. É também idealizador e executor do Espaço BELO MONTE CULTURAL com projeto Cestas de Cantoria, junto com Cida Fonsêca, Kayson Oliveira e Renato Magalhães. O projeto teve início dia 03.02.2012 e promete espalhar música e poesia de qualidade em solo belmontense a cada primeira sexta-feira do mês


Abraço poético,
RENATO MAGALHÃES
Produtor - Belo Monte Cultura
(87) 9611-1787

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Festejos da Pedra do Reino encerram FPNC em São José do Belmonte






Cavalhada e cavalgada comemoraram os 40 anos do romance A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna


Cavalhada em Belmonte
O sol escaldante do sertão nem de longe espanta os cavaleiros mascarados, que percorrem a pequena e bela São José do Belmonte, a partir do meio dia de 28 de maio de 2011. São garotos montados em seus cavalos que convocam a população para dois grandes acontecimentos na cidade: a Cavalhada, do sábado e a Cavalgada à Pedra do Reino, no domingo, organizados pela Associação Cultural da Pedra do Reino. O primeiro representa o “confronto” entre cristãos e mouros, que remete à batalha de 1578, no Marrocos, continente africano, quando Dom Sebastião, então rei de Portugal, tombou sem vida.

Mas o que Belmonte, encravada no sertão central pernambucano, tem a ver com tudo isso? Tudo!
Foi ali, em plena Serra do Catolé, a 26 quilômetros da cidade, que um grupo de fanáticos resolveu fundar uma espécie de reino, onde as leis e costumes eram diferentes de todo o Brasil, e criaram a expectativa de que o rei iria desencantar e voltar ao mundo dos mortais. A Seita Sebastianista teve muitos seguidores , tanto em Portugal quanto no Brasil, entre 1836 e 1838, até que um dos seus 3 “reis”, o João Ferreira, entendeu que dom Sebastião só voltaria se houvesse um grande derramamento de sangue, exatamente na Pedra do Reino, local escolhido para o sacrifício. As pessoas foram mortas a golpes de facão. O massacre virou tema do romance de Ariano Suassuna, A Pedra do Reino, que introduziu novos personagens à cena. É justamente essa visão romanceada do sangrento episódio que os belmontenses cultuam e reverenciam, e cujas festividades foram incorporadas à programação do Festival Pernambuco Nação Cultural, Sertão Central.

Faceiro e cheio de “mungangas”, o personagem Quaderna, sai das páginas do romance para comandar a Cavalhada Zeca Miron, que ha 16 anos vem sendo realizada na cidade. Renato Magalhães, pinta o rosto de branco, nariz vermelho de palhaço, coloca roupas de vaqueiro, empunha sua espada em cima do cavalo, para dar vida à Quaderna e a cavalhada. Para participar da simulação da luta entre mouros e cristãos, os pares de cavaleiros vestem azul e encarnado, as mesmas cores do pastoril, e disputam a rainha da festa e de quebra toda sua corte, nem o rei escapa. O desafio dos cavaleiros consiste em acertar com uma lança a argola que está pendurada nos arcos de ferro. Quem pegar mais, ganha! Valem a pontaria, a destreza e o entrosamento entre os 12 pares de França (cavaleiros e cavalos), para conquistar os “prêmios”. As cenas parecem de filmes da idade média e o público do Carvalhão, local da evento, se transforma em torcida do azul e do encarnado. “Todo ano estou aqui, e cada ano é mais lindo, com o desfile dos cavaleiros com as bandeiras pela cidade. Tudo isso é muito bom para Belmonte”, relata dona Maria Generosa da Conceição, de 74 anos.

Lá no campo, os cristãos sebastianistas, representados pela cor azul, vencem os mouro encarnados, mas quem rouba a cena é o Quaderna. Em meio aos cavalos e cavaleiros, damas, reis e rainha, ele leva o público ao delírio, correndo de um lado para o outro, mexendo com as crianças, interagindo com sua espada, cumprimentando os concorrentes. Um personagem tipicamente nordestino, tipicamente Ariano Suassuna.

A Cavalgada à Pedra do Reino

Os fogos cortam o céu antes mesmo dos primeiros raios do sol do último domingo de maio na cidade. A Orquestra Filarmônica de São José do Belmonte já está na rua acordando os moradores para a missa que antecede a saída da 19o. Cavalgada à Pedra do Reino. E eles vão chegando em seus cavalos, recebem as bênçãos em frente à igreja de São José e partem para o percurso de 26 quilômetros até a Pedra do Reino. No caminho cheio de obstáculos e da bela paisagem, outros cavaleiros e damas engrossam o cortejo até a primeira parada do grupo para o café da manhã reforçado, ao som da sanfona, triângulo e zabumba do forró pé-de-serra. Barriga cheia, mão lavada, pé na estrada de novo, até a próxima parada para o churrasco e sorteios entre os participantes, promovidos pela Associação da Pedra do Reino, uma organização com 40 membros, pessoas abnegadas que se dedicam o ano inteiro a fortalecer e preservar a história de São José do Belmonte e a continuidade dessa festa.

Quando a Cavalgada chega à Pedra do Reino, os mais de 400 participantes são recebidos com carinho pelo público que se concentra desde cedo à espera desse momento. O casal real, os mouros e cristãos, cavaleiros e damas com suas bandeiras, descem dos cavalos e se misturam à multidão para festejarem juntos os 40 anos do romance da Pedra do Reino, obra que resgatou a história do episódio e inspirou o evento. É o diálogo entre o presente e o passado, a universalidade do movimento armorial de Ariano Suassuna. “Sou filho de Belmonte, hoje moro fora daqui, mas não perco essa cavalgada por nada. Só me caso com uma mulher um dia, que possa entender a minha relação com esse lugar”, afirma Dicianno Menezes, de 21 anos, estudante de farmácia da UFPE, que mora em Petrolina. Esse depoimento reflete o que a Cavalgada à Pedra do Reino representa para os belmontenses, de todas as gerações.

Texto: Cirlene Leite
Retirado do site da FUNDARPE

sábado, 14 de maio de 2011

Programação completa da XIX Cavalgada À Pedra do Reino em São José do Belmonte , Pernambuco.



XIX Cavalgada À Pedra do Reino de 21 á 29 de maio, Em São José do Belmonte-PE, Festa de Vaqueiros e Cavaleiros, tem Castelo Encantado, Rei e Rainha, da história a literatura de Ariano Suassuna, é hoje um dos maiores eventos Culturais do Sertão de Pernambuco. ( Festival Pernambuco Nação Cultural no Sertão Central).

Dia 21/05 – Local: Memorial da Pedra do Reino
19:00 horas

Abertura Oficial do Evento: Cavalgada a Pedra do Reino
Banda Filarmônica São José
20:30 horas

Apresentações Culturais: Colégio Municipal Dr. Arcôncio Pereira, Walmir Campos Bezerra e Projovem

Show com a Banda PAixão Nordestina e Jackson da Sanfona

Dia 22/05 – Local: Pedra do Reino
08:00 horas
Missa na Pedra do Reino

Dia 22/05 – Local: Castelo Armorial do Reino Encantado
19:00 horas
Desfile da Moda Jovem: Lançamento da Coleção de Inverno
Apresentação do DJ Dejota

Dia 23/05 – Local: Castelo Armorial do Reino Encantado
19:00 horas

Abertura do Castelo para Visitação

Lançamento do Cordel: 40 anos do movimeto armorial
Escritor: Ernane Alves de Carvalho

19:30 horas
Mostra de Cinema.
Custas do Imaginário:
Até o Sol Raía ( animação )
O Jumento santo ou a cidade que se acabou antes de começar (animação)
Do Morro? (documentario)
O Sertão de Zé do Mestre (documentario)
Bode Movie (ficção)
Insenso (ficção)

22:00 horas
Noite do MPB
Os Versáteis

Dia 24/05 – Local: Castelo Armorial do Reino Encantado

19:00 horas
Documentario sobre a Cavalgada, Autor: Enildo Nogueira

20:00 horas
Palestra Belmonte na festa de Mouros e Cristões – Escritor e historiador: VAldir Nogueira

22:00 horas
Valores da Terra
Enio Novaes, Sergio e Douglas, Pablo

Dia 25/05 – Local: Castelo Armorial do Reino Encantado
14:00 Horas
Encontro de Gestores

19:00 horas
Palestra Organização de Cavalgada
“SENAR”

22:00 horas
Show Anchieta Dali

Dia 26/05 – Local: Castelo Armorial do Reino Encantado

19:00 horas
Palestra Trilha Equestre
“SENAR”

Dia 26/05 – Local: Praça da Saudade

20:00 horas
Donizete Batista
Maciel Melo
Josildo Sá

Dia 27/05 – Local: Castelo Armorial do Reino Encantado

19:00 horas
Palestra Estética Armorial e Memória
“Carlos Newton Junior”

Dia 27/05 – Local: Praça da Saudade

21:00 horas
Tarcys Andrade
Leonardo Sullivan
Adilson Ramos

28/05 – Local: Praça Sá Moraes

8:30 horas
Apresentação do São Gonçalo do Tamboril
Apresentação de Reisado
Apresentação de Violeiros e Poetas
Kayson Oliveira
Cicero Moraes

28/05 – Local: Igreja Matriz de São José

12:00 horas
Apresnetação de Banda de Pífano do Mestre Ulisses
Queima de fogos

28/05 – Local: Estádio o Carvalhão

15:00 horas
Apresentação da Cavalhada Zeca Miron
Banda de Pífano do Mestre Ulisses
Banda Filarmônica São José.

28/05 – Local: Praça da Saudade

20:00 horas
Os Três do Cariri
Coral de Aboio de Serrita
Irah Caldeira
Flávio José

29/05 – Local: Igreja Matriz de São José / Parque Histórico da Pedra do Reino

05:00 horas
Alvorada com Banda Filarmônica e queima de Fogos

05:30 horas
Banda de Pífano de Mestre Ulisses
Coral de Aboio de Serrita
Benção dos Cavaleiros e Amazonas

06:00 horas
Inicio da Cavalgada a Pedra do Reino

07:00 horas
Café da Manhã – Sitio Areinhas

10:30 horas
Chegada dos Cavaleiros e Amazonas a Pedra do Reino
Apresentações com
Antônio Dudu (São José do Belmonte)
Antônio Neto Aboiador
Claudio Rios

OFICINAS

TÍTULO : EDIÇÃO, IMPRESSÃO E ENCADERNAÇÃO DE LIVROS DE CORDEL
Oficineiro: Rodrigo Sushi
Local : Colégio Arcôncio Pereira
Data/Horário – De 23 a 27 de maio- 20h/aula – 14h as 18h
Público Alvo: Escritores, alunos do ensino médio e técnicos de fotocopiadoras (Xerox)
Quantidade de alunos: 18 Alunos
Local de Inscrição: Memorial da Pedra do Reino

TÍTULO : INTRODUÇÃO À POESIA NORDESTINA – LITERATURA DE CORDEL
Oficineiro: Allan Sales
Local : Colégio Arcôncio Pereira
Data/Horário – De 23 a 25 de maio -9h/aula – 09h as 12h
Público Alvo: Pessoas alfabetizadas que tenham proficiência no lidar com a palavra escrita. A partir de 10 anos de idade, desde que capacitadas em leitura e escrita em língua portuguesa.
Quantidade de alunos: 25 Alunos
Local de Inscrição: Memorial da Pedra do Reino

TÍTULO : OFICINA CICLO DE ESCULTURA MODERNA
Oficineiro : Braz Marinho Júnior
Local : Colégio Arcôncio Pereira
Data/Horário: De 23 – 14h as 17h , 24 a 27 de maio – 9h as 12h / 14h as 17h – 30h/aula
Público Alvo: Público em geral – Acima de 15 anos.
Quantidade de alunos: 15 alunos
Local de Inscrição: Memorial da Pedra do Reino

TÍTULO : PATRIMÔNIO VIVO – CABOCLINHO – DANÇA E MÚSICA
Oficineiro: Paulinho 7 Flexas -Caboclinhos 7 Flechas
Local : Colégio Arcôncio Pereira
Data/Horário – De 23 a 27 de maio – 30h/aula – 9h as 12h / 14h as 17h
Público Alvo: Crianças (a partir de 10 anos), adolescentes, jovens e adultos, iniciados ou não no universo da dança, que tenham interesse em ter contato com o universo da cultura popular, e representantes de grupos de dança local.
Quantidade de alunos: 25 Alunos
Local de Inscrição: Memorial da Pedra do Reino

TÍTULO : GESTÃO DE EQUIPAMENTOS CULTURAIS E PRODUÇÃO DE EVENTOS
Oficineiros: Bruno Mendonça da Silva, Jefferson Linconn e Patrícia Araújo dos Reis.
Local : Colégio Arcôncio Pereira
Data/Horário: 23 e 24 de maio, 9h as 12h e 14h as 17h, 12h/aula.
Público Alvo: Gestores públicos, produtores culturais, Pontos de Cultura e pesquisadores, a partir dos 21 anos.
Quantidade de Pessoas: 30
Local de Inscrição: Memorial da Pedra do Reino

TÍTULO : CULTURA, DIREITO E DIVERSIDADE
Oficineiro: Rildo Veras
Local : Colégio Arcôncio Pereira
Data/Horário: De 23 a 24 de maio – 12h/aula – 9h as 12h / 14h as 17h
Público Alvo: pessoas interessadas em discutir o assunto com no mínimo 12 anos.
Quantidade de pessoas: 30
Local de Inscrição: Memorial da Pedra do Reino

TÍTULO: PATRIMÔNIO E PRESERVAÇÃO
Oficineiro: Diretoria de Patrimônio e Preservação
Local : Colégio Arcôncio Pereira
Data/Horário: 24 de maio, 6h/aula – 9h as 12h e 14h as 17h
Público Alvo: pessoas interessadas em discutir o assunto
Quantidade de pessoas: 30
Local de Inscrição: Memorial da Pedra do Reino

São José do Belmonte e suas tradições.

O município de São José do Belmonte é rico em história, sua cultura popular é bastante diversificada e se expressa em festas religiosas, nos folguedos, nos mitos e lendas, mas, é sobretudo na festa da Cavalgada à Pedra do Reino, realizada anualmente na última semana do mês de maio, é considerada como um dos maiores eventos do sertão do Estado de Pernambuco. A Cavalgada tem como objetivo rememorar um fato ocorrido no século XIX, marcado por um trágico movimento sebastianista, que resulta da crença na ressurreição de Dom Sebastião, Rei de Portugal, depois que o mesmo empreendeu uma cruzada para expulsar os mouros dos domínios portugueses na África e desapareceu misteriosamente no combate de Alcácer-Quibir, em agosto de 1578. Outro objetivo da Cavalgada visa promover a cultura do município dentro de um sonho de liberdade e de dias melhores. Fantasia medieval em pleno sertão nordestino. Mouros e Cristãos. O encarnado e o azul, tem Viola, repentes e literatura de cordel. Alvorada, tiros de bacamarte. Cavaleiro, vaqueiro, cangaceiros, cavalgada, cavalhada. Armadura de couro. Tem castelo encantado, capa e espada. Rei e Rainha. Um micro universo que freqüenta as páginas da literatura clássica brasileira do mestre ARIANO SUASSUNA, de onde emerge um teatros a céu aberto do mundo. Uma sorte de cruzada que mistura tradição e história ibérica na colônia, traço da formação da identidade sócio-cultural brasileira.

O movimento cultural da Pedra do Reino resgatou dentre outros folguedos populares da cidade de Belmonte, a Cavalhada que antecipa a Cavalgada sendo realizada no sábado à tarde, uma influência européia que tem hoje forte representação naquele lugar. “Festa Real”, com todos os requintes imitativos dos torneios medievais, representa a luta de cristãos e mouros. Tal brinquedo popular, também chamado entre nós de jogo de argolinhas, era representado antigamente em Belmonte nas festas de Natal e Reis. Tem-se o registro de que na festa de Reis de 1916 , os rapazes de Belmonte organizaram uma “garbosa Cavalhada”. A sua tradição foi mantida através do vaqueiro Zeca Miron que a recriou em 1996, quando foi incluída no calendário da maior festa da cidade, a Cavalgada à Pedra do Reino, que se realiza anualmente no último sábado do mês de maio. Idealizador da Cavalhada, seu Zeca era mestre tanto na organização quanto no manejo da lança. Sua dedicação ao folguedo chamava a atenção de todos os seus companheiros. Herdou do pai a habilidade de cavaleiro e o amor por cavalhadas, conseguindo transmitir para os seus filhos e netos, talvez fosse ele um daqueles homens que Euclides da Cunha diria “antes de tudo um forte”. O mesmo sempre exigia dos Cavaleiros da Pedra do Reino muita disciplina nos treinamentos e nas apresentações para que estes mostrassem desenvoltura e precisão nos movimentos. Com o seu falecimento aos 89 anos de idade, a Cavalhada de São José do Belmonte passou a denominar-se a partir de 2003: CAVALHADA ZECA MIRON, homenageando assim o seu bravo mestre e idealizador. Embora haja a presença de dois reis e uma rainha, cristãos e mouros, mascarados, vaqueiros, cavaleiros e damas, a cavalhada realizada em Belmonte mesmo ocorrendo um luta de cristãos e mouros não se caracteriza como uma cavalhada dramática. É classificada como Cavalhada Nordestina ou Cavalhada Esportiva. Compõe-se de seis partes: Visita à Igreja, Corridas, Escaramuças, Dança das Damas, Jogos Medievais e Cortejo Pelas Ruas. Trata-se de um espetáculo que conserva o que de mais bonito a tradição recomenda. Nele se sobressai a beleza da indumentária dos cavaleiros, das madrinhas e dos mascarados, além do colorido das bandeiras, do estandarte, dos brasões, das fitas e das flâmulas que ornamentam o ambiente. Outra particularidade que podemos encontra hoje neste evento é a presença de um Personagem bem peculiar “o Quaderna” protagonista do Romance “A Pedra do Reino e Príncipe do Vai e Volta” do Escritor Ariano. Quaderna alem de narrar uma cavalgada e cavalhada no Romance a criatividade do personagem é tanta que chega a impregar de uma insensatez que trasfigura o sertão em um reino, onde vaqueiros e cagaceiros são tranformados em reis do imperio pedregoso (como se fosse um “Quinto Imperio” portugues de Fernamdo Pessoa) compodo uma fidaugia sertaneja bastarda e corrompida, representada pela bárbara aristocracia do couro e muita graça em São José do Belmonte na Cavalhada Zeca Miron. Todo o espetáculo se realiza ao som de boa música regional proporcionada pela Banda de Pífanos do Mestre Ulisses e a Banda Filarmônica Belmontense e se você ainda não conhece vale apena conferir.

Seja você companheiro
Venha fazer seu ensaio
Eu também irei montado
Que sou seguro e não caio
Cavalgue com alegria
Já sabe qual é o dia
Ultimo domingo de maio

Não Deixe de vir em maio
A esta nossa região
Venha pra lembrar da época
Onde D. Sebastião
Ainda está encantado
No nosso alto sertão.


Você está convidado
A ser nosso próprio mano
Estamos lhe aguardando
Como se faz todo ano
Pra o convite a maior festa
Do vale pernambucano.

Venha rever todo ano
Você que não é maluco
Venha fique à vontade
Venha beber nosso suco
A pedra em nosso horizonte
Em São José do Belmonte
No sertão de Pernambuco.
(Poeta, Francinaldo Oliveira)

Agradece, saldado a todos os participantes com estimas e votos culturais,

RENATO JOSÉ DE OLIVEIRA MAGALHÃES
Artista e Produtor Cultura;
Secretário da Associação Cultural Pedra do Reino;
Delegado da 2º Conferencia Nacional de Cultura;
Embaixador Brasileiro das Festas de Cristãos e Mouros (Espanha).
55 (87) 9611-1787
renatopedradoreino@hotmail.com

sábado, 9 de abril de 2011

Prêmio Gestão Escolar está com inscrições abertas



O Prêmio Gestão Escolar, conhecido como um dos mais relevantes instrumentos de mobilização e autoavaliação das escolas públicas brasileiras, traz algumas novidades para a edição deste ano. A primeira delas é o valor da premiação que dobrou para a escola que conquistar o título de “Referência Brasil”, chegando agora ao montante de R$ 30 mil. Para as seis escolas finalistas o prêmio será de R$ 10 mil. E as escolas selecionadas como “Destaques Estaduais” ganharão R$ 6 mil.

Organizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed em parceria com várias entidades que apoiam o fomento da educação no Brasil, o Prêmio busca valorizar as escolas públicas que se destacam pela gestão competente e por iniciativas e experiências inovadoras na melhoria da aprendizagem dos alunos; além de estimular o desenvolvimento da gestão democrática na escola.

Outra boa notícia diz respeito aos diretores premiados que, neste ano, terão a oportunidade de participar de uma viagem de intercâmbio para conhecer o sistema educacional dos Estados Unidos. “Acredito que esse é o ápice da premiação, porque dá a oportunidade para os diretores brasileiros trocarem experiências e conhecimentos com diretores de um país de primeiro mundo”, salienta a Secretária-Executiva do Consed, Nilce Rosa da Costa.

Participação
O Prêmio é destinado a escolas de educação básica (educação infantil, ensino fundamental e/ou ensino médio) das redes públicas estaduais e municipais do País.

As inscrições vão até 31/05/2011 e devem ser feitas por meio do regulamento do Prêmio entregue pelas secretarias de educação dos estados e municípios e disponível também no site do Consed.

“Temos uma expectativa grande, tanto como em relação ao aumento do número de inscrições quanto à qualidade das escolas que serão selecionadas este ano”, destaca Nilce Rosa da Costa, Secretária-Executiva do Consed, ao comentar as melhorias do Prêmio.

Para aperfeiçoar as estratégias de divulgação, foi estipulada também a necessidade da adesão formal das secretarias de educação dos estados e dos municípios ao Prêmio. “A partir de agora vamos trabalhar ainda mais em conjunto com os secretários de educação e com os colaboradores das secretarias”, enfatiza Nilce Rosa da Costa.

Comitê de Governança
A criação do comitê responsável por gerenciar a implementação do Prêmio também está entre as novidades deste ano. Novos parceiros passam a integrar a equipe que já apoia o Prêmio desde a sua criação em 1998 e a compor o Comitê de Governança juntamente com o Consed: UNDIME, Fundação Roberto Marinho, Embaixada Americana, Fundação Itaú Social, Unesco, Movimento Brasil Competitivo, Instituto Razão Social, Ministério da Educação, Gerdau, GOL Grupo, Todos Pela Educação, Fundação Victor Civita e Instituto Unibanco.

Ao longo desses anos, o Prêmio Gestão Escolar já contabilizou 23.521 escolas inscritas; 659 escolas selecionadas; e 60 escolas finalistas.

Comitê de Governança do Prêmio Gestão Escolar:
Endereço: SDS Ed.Boulevard Center sala 501 – CEP: 70391-900 Brasília/DF
Portal: www.consed.org.br
Central de Informações: (61) 2195 8650

Fonte: Ascom

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ANA HOLLANDA CRITICA AS MÚSICAS TOCADAS NAS RÁDIOS BRASILEIRAS



Por Alex Rodrigues

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, criticou, nesta quarta, a programação musical das rádios brasileiras. Para ela, as músicas tocadas à exaustão pela maioria das emissoras não são representativas da produção artística nacional.

"Não julgo a qualidade [das canções]. Mas, em geral, a programação das rádios estátá viciada e não representa a diversidade da música brasileira, que é muito rica. O que vemos, de Norte a Sul, são as rádios tocando as mesmas músicas", disse a ministra. Ana Hollanda é cantora, já lançou quatro discos e é irmã do cantor e compositor Chico Buarque e das cantoras Miúcha e Cristina Buarque.

Perguntada se compete ao governo fazer algo para mudar este quadro – já que as empresas de rádio são concessionárias de serviço público e têm, de acordo com o Artigo 221 da Constituição Federal, que promover a cultura nacional, regional e estimular a produção independente, entre outras atribuições -, a ministra adiantou que pretende buscar junto com o Ministério da Educação uma solução para o problema. Ela assinalou ainda que o assunto passa por outras instâncias de governo, como o Ministério das Comunicações, responsável por conceder as concessões às emissoras de rádio e TV.

Convidada para expor na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado as diretrizes ministeriais e fazer um balanço sobre seus três meses à frente da pasta, Ana de Hollanda também falou sobre os comentários de que retomou o debate o projeto de reforma da Lei dos Direitos Autorais para atender aos interesses do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

“Há grupos muito insistentes querendo me taxar de ser ligada ao Ecad. Por acaso a presidenta Dilma Rousseff iria aceitar uma indicação do Ecad? Não ia. Esta é uma relação que eu acho absurda”, afirmou Ana de Hollanda, antes de elogiar a instituição, uma sociedade civil de natureza privada, criada por lei federal de 1973, e que é responsável por recolher os valores devidos aos artistas pela execução de suas obras.

“Muita gente reclama do Ecad porque ninguém gosta de pagar impostos, mas o Ecad é a única forma. É o escritório central para arrecadar e para que os autores recebam. Nem sou do Ecad nem sou contra o Ecad. Ele é só um instrumento necessário”, disse a ministra.

"A ministra também falou sobre a polêmica em torno da autorização ministerial para que os responsáveis pelo projeto" O Mundo Precisa de Poesia captassem, por meio da Lei Rouanet e via renúncia fiscal, R$ 1,3 milhão com iniciativa privada para criar um blog dedicado à poesia. O projeto previa a inserção diária de vídeos com a cantora Maria Bethânia declamando poemas. Cada vídeo seria dirigido pelo cineasta Andrucha Waddington, cujo último filme, Lope de Vega, uma coprodução Brasil/Espanha, está em cartaz.

“Todo mundo gosta da Bethânia. Ela tem capacidade de obter recursos [sem a necessidade da Lei Rouanet], mas a iniciativa privada está muito viciada e só dá [dinheiro] mediante lei de incentivo. Não compete ao ministério fazer uma avaliação de qualidade, se [o projeto] é bom ou não, Agora, acho que todo mundo ter acesso a 365 gravações da Bethânia lendo poesia, que está tão esquecida, é interessante. O valor eu não vou discutir porque foi analisado por comissões específicas", disse a ministra, para quem a Lei Rouanet deve ser "aperfeiçoada" a fim de evitar que os empresários possam escolher os projetos em que vão investir com base no retorno que terão em termos de publicidade.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Prêmio OFF FLIP de Literatura 2011



Estão abertas até 30 de abril de 2011 as inscrições para a sexta edição do Prêmio OFF FLIP de Literatura. Criado em 2006 como parte da programação literária da OFF FLIP, o Prêmio oferecerá aos poetas e contistas vencedores R$ 12 mil no total, além de estadia em Paraty e ingressos para mesas de debate da FLIP. Os textos serão avaliados por escritores de expressão no cenário literário brasileiro e os 30 finalistas serão publicados em uma coletânea pelo Selo OFF FLIP. A premiação acontecerá entre 6 e 10 de julho paralelamente à Festa Literária Internacional de Paraty.

Premiação

Os vencedores em cada gênero literário - CONTO e POESIA - serão contemplados com o que se segue, conforme a categoria:

1. Categoria Nacional- Exterior

1º lugar:
• R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)
• estadia em Paraty entre 6 e 10 de julho de 2011
• 10 (dez) livros do selo Record a serem escolhidos no site do Grupo Editorial Record
• ingressos para mesas de debate da FLIP
• passeio de escuna pela baía de Paraty

2º lugar:
• R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais)
• estadia em Paraty entre 6 e 10 de julho de 2011
• ingressos para mesas de debate da FLIP
• passeio de escuna pela baía de Paraty
Prêmio Off Flip de Literatura

3º lugar:
• R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais)
• estadia em Paraty entre 6 e 10 de julho de 2011
• ingressos para mesas de debate da FLIP
• passeio de escuna pela baía de Paraty

2. Categoria Local

1º lugar:
• R$ 400,00 (quatrocentos reais)
• 10 (dez) livros do selo Record a serem escolhidos no site do Grupo Editorial Record
• ingressos para mesas de debate da FLIP
• passeio de escuna pela baía de Paraty

2º lugar:
• R$ 200,00 (duzentos reais)
• ingressos para mesas de debate da FLIP
• passeio de escuna pela baía de Paraty

3º lugar:
• ingressos para mesas de debate da FLIP
• passeio de escuna pela baía de Paraty

3. Publicação dos Textos Finalistas
Os 30 textos (vencedores e finalistas) serão publicados em uma coletânea a ser lançada pelo Selo OFF FLIP em 2012. O ato da inscrição por parte dos autores implica em autorização para uma eventual publicação dos seus textos na referida coletânea, caso venham a ser declarados como vencedores ou finalistas. Fica autorizada, portanto, desde o momento da inscrição, a publicação dos textos na coletânea e os autores cedem os direitos autorais para esta edição específica (que terá tiragem de no máximo 500 exemplares, sem nenhum custo para os autores contemplados). Os direitos não são exclusivos e os autores ficarão livres para publicar esses textos onde desejarem após a divulgação do resultado do Prêmio. Cada autor receberá 10 (dez) exemplares da coletânea. Os demais exemplares serão distribuídos a entidades culturais e educacionais, podendo constituir material promocional ou de divulgação junto à imprensa cultural e parceiros do Prêmio ou mesmo serem comercializados, não cabendo em nenhum dos casos remuneração aos autores

Regulamento e mais informações no link: http://www.premio-offflip.net/

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